Dia 25 de março de 2017 ficou marcado pela perda de uma das pessoas mais genuínas que tive o prazer de ter na minha vida.
Dia 25 de março de 2018 fica marcado pela tristeza, desilusão e raiva de ver a vida a ir pelo cano.
Há 7 anos que estamos juntos. Já passamos por muito, já nos zangamos, já nos bloqueamos, já fizemos as pazes. “Casamos” só os dois, tivemos um filho. Vivemos na casa mais maravilhosa de todas as casas.
E tudo isto foi pelo charco porque, como dizia a avó do outro, o homem tem 2 cabeças mas sangue suficiente para só uma funcionar.
Os últimos tempos não foram fáceis. Distanciamo-nos, deixamos de cuidar um do outro, vivíamos na rotina do trabalho que ambos odeiam, da família, da casa que é preciso cuidar e do herdeiro que é tão importante.
Mas no início do mês fizemos uma promessa de renovar. De namorar, de estarmos juntos, de olharmos um para o outro com os olhos de ver e não só de passagem.
No domingo li coisas que me partiram o coração. Partiram. Em bocadinhos. Quase, quase em areia.
Não gosto de estar aqui. Não queria ter saído de casa. Era o meu lar.
Queria sair do trabalho e, como ainda é de dia, ir com o miúdo ao parque em frente. Comprar o pão todos os dias antes de ir para o trabalho. Tomar um café na varanda.
Aqui não consigo dormir. A cama range, o herdeiro acorda a toda a hora, as noites são passadas em claro. Não durmo. Não consigo.
Ter de reorganizar toda uma vida não é fácil. Principalmente quando estamos cheios de mágoa.
Mas não será isto que vai ditar o fim. Vou reerguer-me. Vou renascer. Está prometido.
Março 28, 2018
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